Na manhã do dia 14 de junho de 2025, a vereadora Sol de Verão realizou uma fiscalização no laboratório Santa Clara, contratado pela Prefeitura de Jaru para prestar serviços laboratoriais pelo SUS. A ação foi motivada por diversas denúncias de moradores, relatando falhas no atendimento e possíveis descumprimentos contratuais. 

Durante a fiscalização, Sol de Verão verificou indícios de irregularidades, como a realização de exames particulares na estrutura pública e o descumprimento da obrigação de atender por livre demanda. Diante disso, no dia 16 de junho, protocolou requerimento formal solicitando a convocação da secretária municipal de Saúde, Jaine Barboza, para prestar esclarecimentos à Câmara Municipal. 

Apesar da urgência do tema e da previsão expressa no Regimento Interno  Art. 161, §4º, inciso VI, que obriga a deliberação imediata do plenário sobre esse tipo de requerimento, o pedido não foi pautado pela presidente da Casa, vereadora Tatiane de Almeida, na 18ª sessão ordinária. A omissão levantou questionamentos sobre possível manobra política para evitar a exposição da gestão. 

Somente na 19ª sessão ordinária, em 23 de junho, o requerimento foi submetido ao plenário e rejeitado por 12 votos a 02. Votaram a favor apenas a própria vereadora Sol de Verão e o vereador Everson Queiroz. A maioria da base do prefeito, formada por Josemar Figueira, Celiandro Marrom, Ademar Lopes (Mestre Café), Schimiti Patroleiro, João Paulo, Marcos Machado (Marcão), Orlando Costa, Rafael Vaz Lopes, Suhelen Fernanda, Sthella de Almeida, Francisco Hildemburg (Chiquinho do Cacau) e José Cláudio (Amarelinho), votou contra a convocação. A vereadora Tatiane Almeida, por ocupar a presidência da Casa, não vota em deliberações ordinárias, salvo em caso de desempate. 

A negativa da base em permitir que a secretária prestasse esclarecimentos sobre um contrato financiado com dinheiro público escancara o distanciamento da atual gestão em relação à transparência e ao dever institucional de prestar contas à população. 

“Fiscalizar é dever do vereador. O dinheiro do povo precisa ser tratado com responsabilidade e transparência”, declarou Sol de Verão, reforçando que seguirá atenta ao cumprimento das obrigações de todas as empresas contratadas com recursos públicos. 

A dúvida que ficou no ar: o que justifica a resistência em debater publicamente um contrato alvo de denúncias? Falta de conhecimento regimental ou alinhamento político para blindar a gestão? A população de Jaru merece a resposta.