Nesta última sexta-feira, 20 de junho de 2025, a população de Jaru deu um recado claro: não aceitará calada decisões arbitrárias que afetam diretamente o seu direito de ir e vir. Ubers, mototaxistas, taxistas, entregadores e moradores se uniram em uma manifestação pacífica contra o fechamento do cruzamento entre a Rua Afonso José e a Avenida JK, uma das principais vias de acesso à cidade.
O ato foi motivado por uma série de omissões da Prefeitura, que ignorou reiteradas recomendações do Ministério Público para que fossem adotadas medidas emergenciais de segurança no trânsito. Desde 2024, a 2ª Promotoria de Justiça de Jaru vinha cobrando providências do Executivo Municipal diante do aumento alarmante de acidentes no perímetro urbano da BR-364. Mesmo após diversos ofícios, reuniões e recomendações formais incluindo o alerta de risco iminente de morte feito pela Polícia Rodoviária Federal o prefeito optou pela inércia.
Diante da omissão da Prefeitura, o DNIT e a PRF intervieram diretamente, determinando o fechamento de acessos perigosos da rodovia, inclusive o cruzamento da Afonso José com a JK, para prevenir novas tragédias.
Indignada, a população organizou-se e foi às ruas. O movimento percorreu alguns dos principais pontos da cidade, incluindo a residência do prefeito, onde foi realizado um buzinasso em protesto. A única autoridade política presente na manifestação foi a vereadora Sol de Verão. Nenhum outro vereador, secretário, o próprio prefeito ou qualquer representante do Executivo municipal compareceu. Sol de Verão foi a única agente pública eleita a estar ao lado do povo durante o protesto.
Apesar de sua presença ativa no ato e do apoio declarado aos manifestantes, Sol de Verão foi simplesmente ignorada pelas coberturas locais. Diversos sites da cidade noticiaram a manifestação, mas omitiram o fato de que a vereadora esteve presente e sozinha, representando o Legislativo municipal ao lado do povo.
A própria Câmara Municipal de Jaru, por meio de nota oficial, afirmou não ter sido previamente informada sobre o fechamento da via nem consultada pelo DNIT. No entanto, embora o Legislativo não tenha sido notificado formalmente, é preciso reconhecer: a omissão não foi da Câmara, e sim do prefeito, que negligenciou a gravidade da situação, ignorou o Ministério Público e colocou a cidade inteira em risco.
“A população merece respeito, merece segurança e merece informação correta. Não podemos permitir que a verdade seja distorcida ou escondida. Estive na manifestação porque represento o povo e continuarei fiscalizando e cobrando, doa a quem doer”, declarou a vereadora Sol de Verão.
A mobilização popular e a atuação firme da vereadora evidenciam o que a gestão municipal tenta apagar: a responsabilidade pelo caos no trânsito de Jaru tem nome, endereço e cargo público. E a população está de olhos abertos.