A Câmara Municipal de Jaru aprovou nesta última segunda-feira (4) o Projeto de
Lei Complementar nº 4401/2024, de autoria do prefeito Jeverson Lima, que revoga
a possibilidade de dedução dos materiais da base de cálculo do ISS sobre
serviços da construção civil. O projeto já foi sancionado e está em vigor como
a Lei Municipal nº 4.081/2025.
Apenas
dois vereadores votaram contra: Sol de Verão e Josemar da 634. Outros três
parlamentares se ausentaram da votação: Rafael Lopes, Everson Queiroz e
Amarelinho. Os demais 10 vereadores votaram a favor do aumento do imposto,
sendo eles: Presidente Tatiane da Saúde, Schimiti Patroleiro, Mestre Café,
Celiandro Marrom, Chiquinho do Cacau, João Paulo do DER, Marcão de Tarilândia,
Orlando Costa, Suhelen Fernanda e Sthella de Almeida.
Durante
os debates, os vereadores da base do prefeito insistiram que o projeto
atingiria apenas grandes empresas. Mas essa narrativa não se sustenta. A nova
lei preserva apenas as pequenas empresas que estão inscritas no Simples
Nacional. Fora isso, todas as demais ME e EPP que não optaram por esse
regime serão diretamente afetadas. Além disso, autônomos e empreiteiros
informais, que continuam prestando serviços na área, também sentirão o impacto.
A
vereadora Sol de Verão criticou duramente a proposta e a postura do prefeito
Jeverson Lima. “Em vez de buscar formas de reduzir gastos públicos, cortar
excessos e valorizar os recursos existentes, o chefe do Executivo optou por
aumentar a arrecadação às custas de quem trabalha”, afirmou a parlamentar.
E
a incoerência é clara. Enquanto a população é chamada a pagar mais, o prefeito
mantém gastos milionários com marketing institucional (R$ 1 milhão), adquire
caminhonetes e autoriza diárias generosas para secretários, demonstrando uma
gestão desalinhada com as necessidades reais dos jaruenses.
O
vereador Josemar da 634, que atua profissionalmente na área da construção
civil, também se posicionou contrário ao projeto e alertou sobre os
impactos diretos da proposta. Segundo ele, “toda obra contrata pedreiro,
pintor, gesseiro… muitos desses trabalhadores emitem nota, e muitos outros
atuam informalmente. Todos esses serão atingidos por esse aumento de imposto.”
Josemar
ainda tentou amenizar os efeitos do projeto propondo uma emenda modificativa,
mas a sugestão foi rejeitada por todos os 10 vereadores da base, que votaram
contra sua inclusão.
Num país onde o custo de vida só aumenta e a população sente no bolso os efeitos da má gestão pública, é inaceitável que os representantes eleitos escolham onerar ainda mais o contribuinte, em vez de proteger o dinheiro público e priorizar o bem-estar da população.