O Tribunal do Júri da Comarca de Jaru realizou, nesta quarta-feira (03), o julgamento do caso envolvendo a tentativa de feminicídio contra Anna Karita Dias da Silva. Após análise minuciosa das provas e depoimentos, o réu William Carlos Ávila de Melo foi condenado a 24 anos e 8 meses de prisão pelos crimes cometidos contra a ex-companheira e contra o policial militar Ely Carlos Lorbieski da Rocha, que impediu o agravamento da agressão.
Reconhecida como a primeira Procuradora Especial da Mulher do Estado de Rondônia, a vereadora Sol de Verão esteve presente durante todo o julgamento, acompanhando cada etapa ao lado da vítima e de seus familiares. Sua atuação reforça a importância de representantes políticos comprometidos com a defesa das mulheres, especialmente em casos que envolvem violência extrema. A Parlamentar tem sido uma das vozes mais firmes do município na luta contra a violência de gênero, e sua presença no Tribunal simbolizou a responsabilidade institucional e social que a parlamentar assume nesta pauta.
A vereadora também destacou a força das mulheres que atenderam ao chamado público e compareceram ao Fórum vestidas de preto, simbolizando união e repúdio à violência. “Quero parabenizar e agradecer todas as mulheres que estiveram presentes e se vestiram de preto em solidariedade à Anna Karita. A presença de vocês representa coragem, representa resistência e mostra que Jaru não se cala diante da violência contra a mulher.”, afirmou.
O julgamento teve como destaque a atuação técnica do Ministério Público. O promotor de Justiça Dr. Victor Ramalho Monfredinho apresentou sustentação oral firme, precisa e juridicamente embasada, demonstrando a clara intenção do réu de tirar a vida da vítima. Reconhecido por sua trajetória profissional sólida, o promotor ressaltou a atuação decisiva do policial Ely Carlos, cuja intervenção foi determinante para evitar a consumação do crime.
A sessão contou também com a participação da irmã da vítima, a advogada Dra. Aline, que atuou como assistente de acusação ao lado do Ministério Público. No exercício de suas prerrogativas, ela realizou sustentação oral, reforçando pontos relevantes da acusação e trazendo ao plenário a perspectiva direta da família. Sua manifestação, técnica e emocional ao mesmo tempo, complementou com sensibilidade e firmeza a exposição conduzida pelo promotor.
A condução do julgamento ficou a cargo do juiz Dr. Haroldo de Araújo Abreu Neto, que conduziu os trabalhos com rigor, equilíbrio e absoluto respeito às garantias legais.
Quando a advogada da defesa tentou usar o histórico da vítima para justificar a agressão, o magistrado a advertiu imediatamente, deixando claro que o Tribunal do Júri não é lugar para revitimização, e que violência contra a mulher não tem justificativa.
Também acompanharam a sessão, do início ao fim, a representante da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal de Jaru, Joseane Silva Ribeiro, e a representante do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (COMDIM), Elza Helena Pereira da Rosa. Ambas reforçaram a importância da presença institucional em casos de violência contra a mulher.
O julgamento, conduzido com firmeza pelo Tribunal do Júri, reafirma o compromisso coletivo de combater toda forma de violência com rigor, coragem e união, garantindo que cada mulher saiba que não está, e nunca estará sozinha.


